Fausto da Corte é uma expressão característica da língua portuguesa. Fausto é um nome próprio que vem do latim faustu. Já corte é uma palavra advinda do latim cohors. Faustu quer dizer “orgulho” ou “soberba” e cohors significa “lugar protegido”.
Sendo assim, o significado de Fausto da corte, se tomado ao pé da letra, seria algo como “lugar protegido para o orgulho”.
A expressão Fausto da Corte, na verdade, é utilizada para designar o esplendor exibido pelas pessoas da corte.
O termo fausto é bastante popular na língua portuguesa quando utilizado para se referir à corte portuguesa, pois, enquanto permaneceram no Brasil, eles viveram em uma exibição de sua riqueza e de sua prosperidade. Essa exibição de riqueza acontecia com as roupas luxuosas (e muitas vezes impróprias para o calor carioca), as joias utilizadas e as festas luxuosas. Praticamente 100% do fausto da corte portuguesa no Brasil era sustentado pelos impostos pagos pelo povo e também por doações feitas por comerciantes brasileiros ricos.
Também foi famosa por sua opulência a corte francesa, representada especialmente nas figuras do rei Luis XVI e de Maria Antonieta. Muito mais do que a corte brasileira/portuguesa, o fausto da corte francesa ficou eternizado em pinturas, joias e na arquitetura de palácios, tendo especial destaque o Palácio de Versalhes.
A palavra fausto pode também ser utilizada como um nome próprio masculino. Nesse sentido, tem especial importância a figura do Doutor Fausto, personagem imortalizado em um poema épico pelo alemão Goethe no século XVIII. Na épica, Fausto invoca Mefistófeles, um demônio. Ambos fazem um pacto onde o demônio concede a Fausto conhecimento e, em troca, Fausto o dá sua alma. A partir de então, Fausto começa a ser atormentado por Mefistófeles. O poema ficou conhecido ao redor do mundo e é classificado como um clássico.
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