Fábula é uma composição literária, um gênero que nasceu na Grécia antiga, nas mãos do poeta Esopo (620—560 a.C). O autor foi um escravo e um contador de histórias.
Da Grécia, chegou a Roma e floresceu com o poeta Fedro, filho de escravos nascido na Macedônia. O autor viveu durante o século I d.C. e foi alforriado pelo Imperador Augusto podendo, assim, em liberdade, ter a oportunidade de criar grandes fábulas.
Aviano, muito estudado durante a idade média, também escreveu fábulas em latim. Viveu durante um período mais tardio de Roma, durante o século IV d.C. O autor escreveu apenas 42 fábulas, algumas inspiradas nas de Fedro, outras completamente originais.
Em grego e latim, as fábulas apenas contavam suas histórias moralizantes. A partir da Idade Média, as fábulas ganharam um ou dois versos a mais. Esses versos adicionados posteriormente explicitavam a lição de moral presente no texto.
As fábulas, enquanto gênero que possui lições de moral e critica vícios, podem ser consideradas como gêneros didáticos, ou seja, gêneros que objetivam ensinar algo a seus leitores.
Muitas das fábulas latinas são releituras da grega, por isso, é possível juntá-las num grupo só, como as fábulas escritas na Antiguidade Clássica.
Exemplos de fábulas clássicas famosas até a atualidade: A Cigarra e a Formiga, A Tartaruga e a Lebre, O Lobo e o Cordeiro, A Raposa e as Uvas.
A fábula é uma narrativa e seus personagens, de maneira geral, são animais, forças da natureza ou objetos. Estes três grupos, ao aparecerem como personagens, imitam ações humanas e, por isso, fazem uso da figura de linguagem conhecida como prosopopeia, ou personificação.
Cada animal possui um significado especial, uma vez que representam características humanas: o leão representa a força, a raposa representa a astúcia, a formiga é a representante do trabalho e do esforço.
A Fábula objetiva passar uma lição de moral, criticar um comportamento humano sem que os personagens sejam, de fato, humanos.
O gênero literário conhecido como Fábula não morreu na Grécia e em Roma. Muitos autores escreveram fábulas em suas línguas. O mais famoso foi La Fontaine, que escreveu em francês.
Dentre as fábulas de La Fontaine receberam destaque: A Tartaruga Aviadora, O Lobo sabichão, O Leão e o Mosquito, O Corvo que Queria Imitar a Águia.
No Brasil também houve um fabulista de destaque. Famoso por ser o autor do Sítio do Pica Pau Amarelo, Monteiro Lobato não se resumiu a Narizinho, Emília e seus companheiros. Dentre as fábulas escritas por Monteiro Lobato podem ser citadas algumas: O Julgamento da Ovelha, Os Dois Viajantes na Macacolândia, O Pastor e o Leão, O Macaco e o Gato, A Garça Velha, A Onça Doente.
Utilizada em seu sentido figurado, a palavra fábula se refere não ao gênero literário acima exposto, mas sim a uma mentira, a uma farsa, algo que não é real. No jargão popular, o uso de fábula em seu sentido figurado é o equivalente ao uso da expressão “conto da carochinha”.
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