Ergonomia é uma palavra de origem grega composta de ergo (trabalho) e nomos (leis ou normas); é um substantivo que entrou para os dicionários apenas em 1857. A ergonomia é o estudo científico voltado para a organização do ambiente e dos processos de trabalho à saúde dos seres humanos, ou seja, lida com a segurança do trabalho e com a prevenção de acidentes laborais (os acidentes de trabalho). Ainda segundo o dicionário, no campo da informática, o conceito de ergonomia envolve estudos sobre como projetar harwares e softwares cujo uso não envolva riscos ou desconforto para os seres humanos.
A preocupação com a segurança do trabalhador foi tema para a literatura pela primeira vez em 1700, quando o médico Bernardino Ramazzini publicou seu livro sobre as doenças ocupacionais (quaisquer problemas de saúde causados pela atividade exercida no ambiente de trabalho). Ramazzini foi duramente criticado.
Dois séculos depois, o tema volta a ser discutido com a publicação de “Administração científica” (Frederick Taylor); a motivação do autor é encontrar uma forma mais eficiente de executar uma atividade, partindo da premissa de que um trabalhador cuja saúde não fosse prejudicada pelos processos de trabalho poderia render mais. No mesmo século, tal estudo foi continuado e aprimorado pelo casal Lilian e Frank Gilbreth.
Porém, somente após a Segunda Guerra Mundial (quando houve o desenvolvimento de máquinas e processos mais sofisticados), o conceito de ergonomia se expandiu e, em 1949, foi fundada a Ergonomic Research Society, a primeira associação de profissionais (psicólogos, fisiologistas e engenheiros) voltada para o assunto.
Hoje, o ergonomista é o profissional cuja formação passa pelas áreas da psicologia, engenharia, antropometria, fisiologia entre outras.
O campo de estudo da ergonomia se divide em três áreas distintas, segundo a Associação Internacional de Ergonomia: física, cognitiva e organizacional.
Esta é a área que trata das reações do corpo humano quando exposto ao trabalho. Engloba a organização do espaço no ambiente de trabalho, a manipulação de materiais potencialmente perigosos, a postura com que a pessoa trabalha, a repetição de movimentos etc (Um exemplo de problema relacionado à ergonomia física é a LER - lesão por esforço repetitivo).
A ergonomia cognitiva é também conhecida como engenharia psicológica e lida com a relação entre os seres humanos e fatores como: decisões, desempenho, erro humano, treinamentos etc. As questões analisadas se referem à cognição, memória, controle motor, atenção entre outras.
Também chamada de macroergonomia, a ergonomia organizacional é a área voltada à eficiência dos sistemas na busca de um conjunto de processos que maximize o rendimento dos trabalhadores. Alguns dos fatores observados são:
-ética;
-motivação;
-satisfação com o trabalho;
-gestão do trabalho em equipe;
-organização de turnos de trabalho.
Dada a natureza do trabalho, o trabalhador da construção civil está sujeito a diversos riscos ergonômicos, normalmente relacionados ao esforço físico excessivo que a atividade exige.
A maior parte dos acidentes de trabalho nos canteiros de obras se dá pela não utilização dos EPI (Equipamentos de proteção individual). Os principais EPIs são:
-luvas;
-óculos protetores;
-capacete;
-botas.
O conceito de ergonomia é levado aos consultórios odontológicos devido à posição com que este profissional se senta durante o trabalho. Os problemas mais comuns entre os dentistas estão relacionados à coluna.
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