Empirismo é um substantivo derivado do latim empiricus, significando “médico com experiência”. O latim trouxe a palavra do grego empeirikós (experiente), que é resultado de empeiria (experiência).
Em sua origem, empirismo era uma escola de medicina que trabalhava mais pela experiência do que pela teoria. O empirismo, em filosofia, é um movimento que considera as experiências como únicas e que são essas experiências que formam ideias. Assim, o empirismo é caracterizado através do conhecimento científico, uma forma de adquirir a sabedoria através da percepção, da origem das ideias, percebendo-se as coisas independente de seus objetivos ou de seus significados.
O empirismo, embora tenha sua origem na medicina, é formado através de uma teoria epistemológica, indicando que todo o conhecimento só pode vir através da experiência e, assim, é uma consequência da percepção pelos sentidos humanos. A experiência, para o empirismo, é quem estabelece tanto o valor como a origem do conhecimento, tornando-o limitado ao que é conhecido pela pessoa.
O empirismo é uma tendência que enfatiza o poder da experiência, tendo como parceiros na filosofia o racionalismo, o idealismo e o historicismo, tratando especificamente da experiência sensorial na formação das ideias, colocando essa experiência acima da noção de ideias inatas ou de tradições, embora tenha em conta que as tradições e costumes tenham surgido devido às experiências sensoriais de personagens anteriores, de pessoas ancestrais.
Como ciência, o empirismo enfatiza a evidência, uma vez que a evidência é que traz o conhecimento. Torna-se, portanto, a evidência como método científico de onde podem surgir as hipóteses e teorias, que precisam ser testadas através da observação do mundo natural, em vez de simplesmente se basearem no raciocínio, na intuição ou na revelação.
Na filosofia, o empirismo é uma vertente que se opõe ao racionalismo, uma vez que critica a metafísica e os conceitos como causa e substância. Para o seguidor do empirismo, a mente humana vem como uma folha em branco, ou como uma tábula rasa, onde, através da experiência, são gravadas as impressões. Vem daí o não reconhecimento da existência de ideias inatas ou de conhecimento universal. Para John Locke, Francisco Bacon, David Hume e John Stuart Mill, é o empirismo que deve comandar o homem durante sua vida.
Atualmente o empirismo tem uma nova variação, o empirismo lógico, também conhecido como neopositivismo, que foi criado pelo Círculo de Viena, formado por filósofos estudantes do empirismo.
Dentro da filosofia empírica podemos traçar três linhas de pensamento: a integral, a moderada e a científica. Para a ciência, o empirismo é usado quando falamos de métodos científicos tradicionais, defendendo que as teorias científicas devem ser baseadas na observação, em fez de utilizar a intuição ou a fé.
O Racionalismo é uma corrente oposta ao Empirismo. Para o Racionalismo, o conhecimento deve partir das ciências exatas, enquanto que o Empirismo dá mais valor às ciências experimentais.
Segundo o Racionalismo, o conhecimento pode ser alcançado através da razão e não dos sentidos, uma vez que a informação vinda através dos sentidos pode estar nos enganando, dependendo muito quem ouve ou vê.
O Iluminismo, teoria filosófica nascida na Época das Luzes, um período de transformações das estruturas sociais, principalmente na Europa, quando os temas giravam em tordo na liberdade e do progresso, tendo o homem como centro, a importância maior era dada à razão, um poder maior do que o conhecimento vindo através dos sentidos.
A corrente filosófica conhecida como Criticismo defende que a razão é imprescindível para alcançar o conhecimento, não havendo necessidade de utilização dos sentidos para isso.
O criador do Criticismo foi Imannuel Kant, que usou a filosofia para traçar uma linha comum entre o Empirismo e o Racionalismo. Kant afirma em seus escritos que a sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes para obter o conhecimento, sendo que a informação que é captada pelos sentidos precisa ser modelada pela razão.
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