Ecletismo é o nome dado a uma doutrina ou tendência que seleciona ou recolhe os elementos de diferentes teorias. Também conhecido como Ecleticismo, é visto como um movimento filosófico e científico, embora possa ser empregado em outros campos como, por exemplo, na arte e na política para analisar e escolher aquilo que parece melhor.
Um dos principais objetivos do Ecletismo é conciliar os diversos elementos de forma harmoniosa. Segundo o filósofo e historiador francês Victor Cousin (1792 – 1867), ciências como a filosofia devem discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso nas doutrinas existentes, e após um processo de análise e separação, deverá reunir o que é verdade para que se possa obter uma melhor doutrina.
O Ecletismo é uma corrente estética, cuja origem remonta as antigas Grécia e Roma e que empregava o termo eklektikos (escolher o melhor) para os princípios que eram considerados adequados.
O Ecletismo é também observado na religião, onde as chamadas filosofias “da nova era” procuram nas diversas seitas e credos os seus princípios que, de certa forma, combinam com a experiência humana.
Nas artes marciais, o ecletismo se faz presente na junção de exercícios, movimentos e golpes entre diferentes tipos de luta, como é o caso do ator e lutador Bruce Lee (1940 – 1973) que combinava o Wing Chun, Tai Chi e Kung Fu.
Na música, chama-se de ecletismo musical o gosto de vários estilos musicais, bandas ou cantores de gêneros diferentes. É comum uma pessoa responder a uma pergunta sobre qual é o seu estilo de música favorito dizendo que ela é eclética, ou seja, se identifica e ouve diversos tipos de canções e assim não se prende somente a um gênero.
“Ecletismo musical – Rogerio Duprat” é o título do livro do professor Maximo Barro. A biografia conta a trajetória do maestro carioca que se erradicou em São Paulo e lá ajudou, como membro-fundador, no surgimento da Orquestra de Câmara.
O Ecletismo ganhou destaque a partir do academicismo que era propagado pela Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, durante o século XIX. Além disso, ressalta-se o trabalho de reurbanização realizado pelo engenheiro Francisco Pereira Passos (1836 - 1913) que construiu belíssimas edificações como o Theatro Municipal (que foi inspirado na Ópera de Paris) e a Biblioteca Nacional que foi projetada por Souza Aguiar (1855 – 1935).
Em São Paulo, os traços do Ecletismo são percebidos no Museu do Ipiranga (ou Museu Paulista) projetado pelo arquiteto italiano Tommazio Bezzi (1844 – 1915). Mas o grande nome é o do engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928) que foi responsável pelo Theatro Municipal, a Pinacoteca, o edifício do Liceu de Artes e Ofícios, entre outros.
O Teatro Amazonas (em Manaus) e o Palácio da Liberdade (em Belo Horizonte) são também belos exemplos arquitetônicos ecléticos brasileiros.
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