Do arco da velha é uma sentença bastante comum da Língua Portuguesa que tem como significado algo fantástico, espantoso, incrível, surpreendente. Geralmente, a locução completa é: “são coisas do arco da velha”. Esse termo também serve para classificar uma história ou mesmo algo que é considerado absurdo ou então inverossímil, irreal.
Dessa forma, o significado de Do arco da velha também pode remeter a uma situação antiga, pertencente ao passado, ainda que inacreditável. Por exemplo: “A minha avó começou a falar dos tempos de infância dela e contou muitas histórias do arco da velha”.
Do arco da velha possui significado popular no nosso país devido a uma história que nos remete ao século XIX. Na época, a expressão “arco da velha” servia para descrever o arco-íris, algo bastante incomum nos dias de hoje.
Mas o que o arco-íris tem a ver com a expressão do arco da velha? Bem, uma das explicações por trás dela é que tal denominação fora criada a partir da história bíblica de Noé, que criou uma arca e colocou dois animais de cada espécie para salvá-los da inundação e, por consequência, da extinção. Seguindo a história, após o dilúvio, Deus criou o arco-íris para demonstrar sua aliança reconciliadora com os seres humanos, mostrando que não voltaria mais a enviar um dilúvio daquele tamanho.
Dentro desse preceito, a palavra “velha” da expressão “arco da velha” tem como significado a velha aliança que Deus forjou com os homens após a inundação. Justamente por isso o arco-íris também pode ser chamado de “arco-da-aliança”.
Há também um outro tipo de explicação para a origem dessa expressão popular. Nessa leitura, o correto seria denominar “arca da velha” e não “arco da velha”. Isso porque, antigamente, diversas senhoras de uma determinada idade possuíam o hábito de armazenar coisas, algumas delas incríveis, em suas arcas ou mesmo baús de objetos.
Aproveitando a expressão tão famosa, há uma livraria denominada Do Arco da Velha na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Inaugurada em 11 de maio de 2005, essa livraria vende livros usados. Ela foi criada pelo sócio proprietário Guilherme Ramos Martinato, que percebeu a ausência de uma boa quantidade de sebos em sua cidade.
Diante disso, a sua livraria se voltou a oferecer um material variado, mas contando com um diferencial que alia cultura e lazer. Trata-se da colocação de uma cafeteria no local, além da inserção de espaços para que as pessoas possam ler, conviver e consumir os produtos da cafeteria, proporcionando um ambiente agradável aos clientes.
A expressão é tão popular que serve para dar o nome a lojas em outros ramos também. É o caso da empresa Do Arco da Velha móveis situada em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. O estabelecimento comercializa móveis de demolição, móveis antigos e réplicas, sendo fiel ao significado da expressão que leva o seu nome.
Há também a loja Arco da Velha em Piracicaba, também no interior de São Paulo. Esse estabelecimento trabalha preferencialmente com antiguidades, comercializando produtos antigos, restaurados. No entanto, a loja trabalha também com produtos mais novos e oferece garantia para qualquer caso.
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