Discriminação é uma palavra que significa distinguir, diferenciar, “fazer uma distinção”. Porém seu uso mais comum é aquele que descreve um fenômeno sociológico. Ou seja, aquela atitude em que uma pessoa ou grupo tem um comportamento que tende a excluir uma outra pessoa ou grupo do convívio social.
Assim, a discriminação descreve o comportamento daqueles que tem uma atitude de não aceitação, de ataque, de repúdio a certas características ou comportamentos considerados diferentes ou estranhos apresentados por determinadas pessoas ou grupos dentro da sociedade, em relação a certos padrões aceitos.
A discriminação vai contra aos direitos fundamentais do ser humano. E no mundo atual encontramos exemplos de discriminação em relação a raça, classe social, preferência sexual, origem, religião, ideologia política, gênero e etc.
Discriminação e preconceito muitas vezes são confundidos e entendidos como a mesma coisa, entretanto são conceitos distintos. Preconceito não significa um tratamento diferenciado ou que visa distinguir alguém do convívio social, ele é mais uma visão das coisas, antes de um aprofundamento. Contudo, a discriminação é sempre oriunda dos preconceitos, de ideias que são aceitas como verdades antes de uma averiguação ou de um estudo mais pormenorizado.
Assim, vemos que as crenças populares, ou preconceitos, podem se tornar propulsoras de ódio e de discriminação. Os judeus são avarentos, ciganos ladrões, chineses são sujos, índio é preguiçoso, o sul sustenta o nordeste, e etc. Indivíduos que recebem classificações como essas perdem, por não serem valorizados pelas qualidades que possuem, mas por características irrelevantes que não determinam suas virtudes como seres humanos de maneira nenhuma. São exemplos cruéis e injustos, mas infelizmente são comuns em nosso meio social.
A discriminação é uma forma de violência passiva, e muitas vezes pode se transformar em uma agressão física. A discriminação oferece um tratamento desigual ou inferior a outrem do ponto de vista dos direitos e interesses sociais de indivíduos, organizações e estados.
Os indivíduos que discriminam têm uma visão distorcida da natureza do homem e se atribuem características ou virtudes que os colocam um passo acima que certos grupos sociais. A partir dessa ideia de superioridade tendem a julgar as qualidades das pessoas que não compartilham de suas características e visão de mundo. Muitas vezes, essa discriminação se manifesta em olhares de ódio ou falta de aceitação em locais públicos, empregos ou escolas, ações que afetam a pessoa rejeitada.
A discriminação é prejudicial a certas comunidades fazendo com que os indivíduos pertencentes a elas sejam julgados antes de serem conhecidos. Eles são generalizados e rejeitados. Intolerância, rejeição e ignorância na maioria dos casos são decisivos para o nascimento de conduta discriminatória.
As pessoas afetadas pela discriminação não raro são os indivíduos pertencentes às chamadas minorias. Estas minorias são pequenos grupos dentro de uma sociedade. Às vezes, entretanto, esses grupos não são pequenos, mas ainda sofrem discriminação.
A discriminação positiva, também camada ação afirmativa, é como é conhecida a ação que, diferentemente da discriminação negativa (ou discriminação), visa empreender políticas que darão a um determinado grupo social, étnico, minoria ou vítima de injustiças sociais, o tratamento preferencial no acesso ou distribuição de certos recursos ou serviços, bem como o acesso a determinados bens, a fim de melhorar a qualidade de vida dos grupos desfavorecidos, e para compensar o prejuízo ou discriminação de que foram vítimas.
As duas palavras são muitas vezes confundidas por possuírem uma grafia muito semelhante. Entretanto, discriminação, como vimos se refere a distinguir; enquanto que descriminação é mais usado num sentido jurídico, no sentido de fazer com que algo deixe de ser considerado crime, como nos debates muito em voga nos dias de hoje sobre a descriminalização do aborto e da venda e consumo de maconha.
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