Derivada de “spes” (esperança, em latim), a palavra “sperare” (esperar), com o prefixo “de”, significando falta, a palavra “desespero” tem o significado de perder a esperança.
Desespero traz o sentido de extrema aflição, angústia, irritação, furor. O desespero caracteriza uma situação de transtorno, descontrole emocional, perturbação, desalento. Embora possa também ter o significado de desanimar, o desespero é mais utilizado como situação em que o indivíduo se encontra de não conseguir encontrar a solução para um problema.
Estar em desespero, para um indivíduo, significa estar em um estado singular de falta de opções, de submeter-se a condições com as quais não pode lidar,significa transformar-se em elemento que provoca misericórdia nos outros.
Uma situação de desespero, nos dias atuais, é vivida por famílias de dependentes químicos, transformando o estado mental dos familiares em extrema aflição, enquanto que o próprio dependente, quando sofrendo abstinência das drogas, também entra em situação de desespero pela falta do que considera lhe trazer prazer.
O tema do desespero também foi estudado por um grande filósofo, o dinamarquês Kierkegaard, que escrever “O desespero humano” (no original “Sygdommen til Doden”, ou “A doença até a morte”). No livro, o filósofo trata da questão do desespero como o mal para o qual não existe cura. Mesmo a morte, para ele, é um mal menor que o desespero, já que foi vencida por Jesus Cristo quando ressuscitou Lázaro.
A origem do desespero, segundo o que Kierkegaard escreveu, está na imaginação e não pode ser superado senão através da reunião com Deus.
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