Dadaísmo ou Movimento Dadá, como também é conhecido, é um movimento de vanguarda artística moderna marcada pela quebra dos estilos clássicos e tradicionais, agindo de modo irracional e anárquico.
Provavelmente tenha surgido em Zurique, na Suíça no ano de 1916, enquanto ocorria a Primeira Guerra Mundial. Foi no Cabaret Voltaire, que desde o ano anterior (1915), o clube era frequentado por vários artistas.
É dado a Hugo Ball (1886 – 1927) o título de fundador e pseudocomandante do movimento, cujos integrantes eram artistas refugiados que não ficaram em seus países de origem para que não fossem convocados a servir na Guerra. Porém, estudiosos apontam o nome de outros dois artistas como líderes do movimento, a saber: o pintor e poeta alemão Hans Arp (1886 – 1966) e o poeta romeno Tristan Tzara (1896 – 1963).
De acordo com historiadores da arte, Tzara foi um dos artistas que mais impulsionou a destruição das convenções e ordens estabelecidas na época e, por meio do Dadaísmo, tinha uma verdadeira ferramenta para realizar críticas a esses valores vigentes.
Em outras palavras, o movimento do Dadaísmo, bem como de seus artistas, era tido como anarquista, cuja pretensão revolucionária fez com que muitos, inclusive os seus opositores, a considerassem como uma espécie de anti-arte.
Deste modo, os artistas dadaístas buscavam e pregavam por uma liberdade absoluta, uma espontaneidade, certa contradição e imediatismo. Era comum encontrar tanto nos discursos quanto nas obras a prevalência do caos sobre a ordem.
Como exemplo, tem-se a obra de um dos maiores artistas dadaístas Marcel Duchamp (1887 – 1968) que inseriu um bigode na obra da Gioconda com o interesse de criar polêmica junto ao público.
O Dadaísmo serviu de base para o surgimento de outros movimentos artísticos como é o caso do Surrealismo, bem como da pop art e do expressionismo abstrato. O movimento terminou por volta do ano de 1921.
O Dadaísmo no Brasil teve maior expressividade nas artes plásticas e na literatura, cujos maiores expoentes foram os escritores Manuel Bandeira (1886 – 1968) – que é reconhecido como o maior poeta lírico do modernismo brasileiro - e Mário de Andrade (1893 – 1945). Na pintura, destacou-se Flávio de Carvalho (1899 – 1973).
É notória a referência direta ao dadaísmo realizada por Mário de Andrade na sua obra Pauliceia Desvairada, de 1922, onde se encontra a famosa poesia “Ode ao burguês”, cujo prefácio se observa a recomendação do autor de que o poema só deveria ser lido por aqueles que soubessem urrar. Nesta ode, Andrade insulta o burguês e toda a aristocracia.
O nome “Dadaísmo”, bem como “dada”, foi escolhido aleatoriamente durante o ato de folhear um dicionário. O termo denota uma falta de sentido semelhante à fala de um bebê. Deste modo, as obras do dadaísmo, bem como o próprio movimento, não têm significado específico, embora as características mais marcantes sejam as seguintes:
O dadaísmo é considerado por muitos estudiosos da história da arte como o movimento mais radical de todos os tempos. É fato que os dadaístas destruíram o significado lógico das palavras, do ritmo e até da rima por causa da instabilidade que surgiu devido ao medo e a revolta frente aos fatos sociais.
Para tanto, o próprio Tristan Tzara declarou em certa ocasião que o movimento dadaísta surgiu (em uma consulta ao Petit Laorousse) com o propósito de criar certa expressividade, ao passo que por si só fechasse todas as portas à compreensão e assim não se tornasse mais um entre vários “–ismos”.
Por ora, é comum encontrar em todas as demais manifestações artísticas o objetivo comum de querer alcançar a explicação sobre o ser humano. Já o dadaísmo se refugiava no ilogismo.
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