Significado de Coruja

O nome coruja provém de Core, filha de Ceres e Júpiter, que era conhecida na Grécia como Prosérpina, que foi raptada por Plutão, o Deus dos Mortos. Na mitologia grega, a coruja é o animal em que Ascáfalo (filho de Aqueronte e da Ninfa Orfne, guarda de Plutão) se transforma. Na língua grega antiga, coruja é “gláuks”, que tem o significado de brilhante ou cintilante, enquanto em latim é “noctua”, a “ave da noite”. Em inglês, a coruja é chamada de “owl”.

Coruja é como popularmente são conhecidas as aves estrigiformes, família dos utonídeos e estrigídeos. Algumas espécies são conhecidas na Amazônia como murucutu. Possuem hábitos noturnos e, devido à estrutura de suas penas, têm um vôo silencioso. Sua alimentação baseia-se em pequenos mamíferos, como roedores e morcegos, aranhas e insetos, além de algumas espécies serem predadoras de peixes.

As corujas engolem suas presas por inteiro, regurgitando depois pelotas com pelos e fragmentos de ossos. Seus filhotes podem ser vítimas de predadores, como o gavião. Há uma espécie em nosso continente também conhecida como mocho, sendo a maior espécie das Américas, habitando desde a América do Norte até a Terra do Fogo.

A coruja é considerada a rainha da noite. Em praticamente todas as civilizações, traz o significado de mistério, inteligência, sabedoria e conhecimento. Por ter a característica de enxergar através da escuridão, os gregos a consideravam como símbolo da busca de conhecimento, simbolizando também reflexão, conhecimento intuitivo e racional, já que, para eles, a noite era o momento propício para filosofar. Ela representava Athena, a deusa da sabedoria.

Não é de estranhar que, com as características que possui (enxerga à noite, tem vôo silencioso, consegue virar o pescoço em até 270 graus, podendo ver todos os lados, além dos olhos grandes e brilhantes), a coruja tenha sido um símbolo em diversas civilizações.

Porém sua simbologia varia entre as culturas. Pode simbolizar o misticismo, os bons augúrios, o lado espiritual ou, como a consideram os aborígenes australianos, representa a alma feminina. Muitos também a consideram como emissária da morte, por causa de seu grito ruidoso e do seu olhar penetrante, como se avisando que um desastre vai acontecer.

Os astecas colocavam as corujas como a imagem do Deus dos Infernos, guardião do submundo, protetor dos mortos. Na Idade Média elas eram bruxas disfarçadas, crença que percorreu os tempos, chegando aos dias atuais como superstição entre os menos esclarecidos. A tradição contava que as corujas vinham comer a carne dos moribundos e que quem comesse carne de coruja poderia adquirir poderes como clarividência, conhecendo o futuro.

No Brasil, a mais conhecida é a coruja buraqueira, encontrada em praticamente todas as regiões, e conhecida por esse nome por fazer seu ninho em buracos na terra e em barrancos.