O Cordel é muito popular na região nordeste do brasil. São folhetos trazendo poemas populares, que são vendidos ao ar livre, e que tradicionalmente eram expostos pendurados em cordas ou cordéis, de onde originou-se o nome, assim como também o termo literatura de cordel.
Entretanto, apesar do nome e da sua origem, hoje podemos encontrar esse folhetos a venda sem estarem necessariamente expostos em cordas ou barbantes.
O cordel é escrito geralmente em forma de rima, registrando feitos e histórias oriundas das populares tradições orais; e quando em edições ilustradas tradicionalmente é utilizada a técnica da xilogravura, uma das características mais marcantes do cordel.
Os cordéis são em geral algumas poucas folhas dobradas, e colocadas uma dentro da outra formando um “livrinho” ou uma “revistinha”, muitas vezes com papeis de pouca qualidade. As obras, escritas em prosa ou em verso (mas tradicionalmente em verso) apresentam geralmente autos e farsas, pequenas histórias, contos sobre temas fantásticos, histórias educativas, obras de cunho histórico, com mensagens morais e etc.
Os versos do cordel são recitados pelos autores, também conhecidos como cordelistas, com uma musicalidade e um ritmo característicos da cultura nordestina, muitas vezes acompanhados pela viola em apresentações que visam conquistar clientes, que são um show a parte e um elemento importante da cultura que envolve o cordel.
A literatura de cordel apesar de ser uma tradição eminentemente nordestina, com destaque para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, também pode hoje ser encontrada em outros lugares do país, especialmente na região sudeste que recebe grandes contingentes de migrantes nordestinos.
A literatura de cordel contribui para manter a cultura, o folclore e a tradição regional do nordeste brasileiro, divulgando a arte e os valores do povo e dos autores locais. Além disso, por possibilitar a leitura em sessões publicas e por ter uma tiragem bastante elevada de exemplares circulando, o cordel, contribui para a consolidação do gosto pela leitura e para a erradicação do analfabetismo.
Entre os muitos autores importantes e populares na história da literatura de cordel brasileira podemos citar alguns como, Apolônio Alves dos Santos, Celestino Alves, Leandro Gomes de Barros, Arievaldo Viana Lima, Cego Aderaldo, Elias A. de Carvalho, João Firmino Cabral, Gonçalo Ferreira da Silva, José Costa Leite, José Olívio Paranhos Lima, Zé Limeira, Lourival Batista, Manuel d'Almeida Filho, Antônio Francisco Teixeira de Melo, Maria Julita Nunes, Patativa do Assaré, Rouxinol do Rinaré, Manuel Camilo dos Santos, Zé da Luz, Expedito Sebastião da Silva e etc.
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