Clivagem é um substantivo feminino oriundo do verbo clivar e que está relacionado a separar ou dividir, assim como fragmentar alguma coisa. O termo é mais bem compreendido dentro do âmbito ao qual é empregado.
Na linguística, é um recurso utilizado para a divisão de uma oração em duas para destacar ou realçar algum elemento da frase, como exemplo tem-se o seguinte: “Joana vai viajar” que é semelhante à forma clivada “quem vai viajar é Joana”.
Para se utilizar corretamente esse recurso, é importante que se faça o encaixe de uma estrutura com o verbo “ser” e mais as palavras “quem” e “que” para que as relações de correspondência sejam devidamente realizadas e compreendidas.
Na biologia, tem-se a clivagem embrionária que consiste na divisão celular ocorrida nos embriões que origina os blastômeros. Neste processo, o zigoto inicialmente é dividido ao meio e depois em quartos, oitavos e até mais.
Na geologia, trata-se do modo que os minerais são fragmentados nos planos paralelos definidos e em conformidade com a sua estrutura atômica interna. Existem cinco modalidades de clivagem, que são descritos de acordo com a direção e o número de seus planos, a saber: a mais simples e pobre como na bornite, a moderada, a boa, a perfeita e a proeminente como nas micas.
A clivagem pode ser de dois tipos: cúbica ou romboédrica (com partes em cubos) ou laminar (com partes em lâminas). Além do mais, a clivagem pode ser classificada em um dos três modos:
Quanto a sua facilidade: a sua produção pode ser considerada fácil ou difícil;
Sua qualidade (que pode ser uma das cinco qualificações): proeminente (excelente), muito boa (perfeita), boa, imperfeita e muito imperfeita (inexistente).
A clivagem nos minerais é um procedimento que cria formas perfeitas através de marcas regulares, o que faz pensar que foram polidas. Já a fragmentação é um processo inverso, ou seja, as fraturas ocorridas nos minerais ocorrem de forma natural, irregular e sem orientação.
É um termo empregado frequentemente nas Ciências Sociais para se referir ao processo de fragmentação ou divisão das classes sociais existentes, as quais podem ser classificadas em grupos ou subgrupos, e as motivações para tal ação podem ser das mais diversas.
No plano político-econômico, esse processo se faz notório no confronto de classes geralmente levantadas por questões religiosas, ideológicas, étnicas, econômicas e culturais.
Na psicologia, a clivagem é conhecida pelos seguintes nomes: pensamento dicotômico, polarizado, 8 ou 80, tudo ou nada e preto-e-branco. Trata-se de um mecanismo de defesa utilizado pelas pessoas que não adotam o meio termo, a terceira via ou o equilíbrio entre dois pontos.
A clivagem do ego foi um termo empregado pelo psiquiatra Sigmund Freud (1856 – 1939) para descrever o fenômeno de defesa que ocorre no ego. Diante de um aspecto da realidade coexistem duas atitudes mentais, sendo que uma considera esses aspectos existentes, enquanto a outra a nega. Como ação, coloca-se o desejo relacionado com o aspecto da realidade pautada.
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