Classe social é uma expressão. Classe é um substantivo feminino com origem no Latim classicus, que significa “relativo às classes mais altas do povo romano”, derivado de classis, que é “classe, exército, divisão”.
Social é um substantivo masculino e adjetivo de dois gêneros originário do Latim associare, cujo significado é “agrupar”.
O significado de Classe social faz referência a um grupo constituído por pessoas com padrões políticos, culturais e econômicos semelhantes, isto é, um grupo de indivíduos que compartilham interesses e características socioeconômicas similares.
Um dos principais fatores que definem uma classe social é a questão financeira.
Embora existam várias formas de interpretação de uma classe social, a tendência mais comum é se referir ao grupo de indivíduos que possuem um mesmo nível e poder econômico, bem como no compartilhamento de oportunidades e questões de entretenimento e lazer.
O fim do sistema feudal foi determinante para o surgimento da classe burguesa e para a ascensão do sistema capitalista – caracterizado pela propriedade privada e meios de produção. Foi a partir daí que as classes sociais começaram a se dividir.
A definição que é utilizada hoje para classe social veio de dois teóricos alemães: Karl Marx e Friedrich Engels.
Conforme a teoria marxista, chamada de “Teoria de Classes”, qualquer sociedade capitalista possui um grupo dominante – o qual é responsável e detentor pelos bens e capital, influenciando o controle do Estado (de maneira direta ou indireta), assim como a classe dominada – formada pelo proletariado, isto é, os trabalhadores que fornecem sua força de trabalho.
Dessa forma, existe uma luta de classes nas sociedades capitalistas determinada por esses dois grupos. Tal luta de classes só acabaria quando não mais existissem os grupos de opressores (classe dominante) e oprimidos (classe dominada).
Isso resultaria no fim das distinções de renda, de saúde, de educação e cultura, isto é, haveria a extinção do sistema político-econômico capitalista a favor das ideias comunistas de uma sociedade sem classes.
Na teoria de Marx e Engels, a classificação das classes sociais – conceito atribuído com o nome de estratificação social – tem como finalidade separar os indivíduos de acordo com suas características sociais, econômicas, educacionais (e outras relevantes) para formar grupos específicos e hierárquicos.
Dentro dessa ideia, pode-se classificar os grupos em três classes: classe baixa, classe média e classe alta. O padrão econômico e social de um país também determina uma possível subdivisão desses três grupos!
Classes baixas são aquelas que possuem menor equilíbrio econômico, mostrando muita dificuldade em garantir os direitos e necessidades básicas do ser humano, como é o caso da alimentação.
As classes médias são as mais presentes em grande parte dos países, pois conseguem equilibrar seu lado financeiro o suficiente para atender suas necessidades básicas. Inclusive, aqui já se começa a ter uma educação mais elevada, de maior qualidade, até com o ensino superior completo.
Por último, as classes altas definem os grupos mais ricos, aqueles que possuem grande estabilidade financeira, que possuem heranças e fortunas. Tal classe não encontra qualquer dificuldade em suprir suas necessidades básicas, ao contrário da classe baixa.
É claro que um indivíduo ou família pode “evoluir” para outra classe social, da mesma forma que “regredir” para outra – isso irá depender de inúmeros fatores.
Veja também o significado de Desigualdade Social.
No Brasil, o índice da desigualdade social é extremamente acentuado, já que as classes sociais podem ser de fácil visualização em qualquer parte do país. Mesmo dentro de uma determinada comunidade, podem existir grupos de classes baixas e altas ao mesmo tempo.
A classificação das classes sociais no Brasil leva em consideração o critério da Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (Abep).
Pelo sistema criado para definir as classes sociais no Brasil, hoje elas são identificadas conforme a renda familiar, porém pode ser complexo quando divididos por letras, que são as classes A, B, C, D ou E – calculando-se não somente a renda familiar, como também os bens da família e o grau de escolaridade.
Nota-se que a classe A seria a classe alta, a que apresenta maior qualidade de vida e maior poder aquisitivo.
Já a classe E é a classe baixa, com pouca qualidade de vida e poder econômico. Esta, conforme uma base de renda, seria aquela que recebe até dois salários mínimos.
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