Circuncisão é um substantivo feminino. O termo vem do Latim circumcidere, que significa “cortar ao redor”, de circum-, que quer dizer “ao redor, em volta” e caedere, que é o verbo “cortar”.
O significado de Circuncisão descreve a operação cirúrgica que retira o prepúcio, este sendo a pele que, normalmente, protege (cobre) a glande – a cabeça – do pênis.
O procedimento que envolve a circuncisão já é praticado desde o século XIX, tratando-se da circuncisão masculina. Esta cirurgia é muito comum em países muçulmanos e judeus, por conta da motivação religiosa e também pela higiene.
Em outros países, como regiões da Ásia e África, esta cirurgia também pode ser praticada. Nos Estados Unidos, a circuncisão é, de modo abrangente, uma prática vulgar, por conta do favorecimento da masturbação e a prática de atos sexuais ao remover a pele, sendo raramente realizada, assim como na Europa.
A origem da circuncisão não é muito clara, porém acredita-se que foi no Antigo Egito, pois um documento daquela época fazia referência a um procedimento de remoção do prepúcio. Naquela época e a partir destes relatos, a cirurgia era um modo de aumentar a higiene do homem, assim como “purificar a alma”.
Embora seja um procedimento cirúrgico, ainda hoje a circuncisão é frequentemente realizada por conta de motivos religiosos e por tradição, como no caso comentado nos muçulmanos e judeus – a circuncisão ainda em crianças é uma prática que nem necessita de indicação médica para realização.
É claro que a circuncisão pode ser indicação médica em casos que há infecção do pênis ou fimose patológica (ausência da retratilidade do prepúcio) em crianças mais velhas e adolescentes. Quando feita na infância, a circuncisão apresenta os seguintes benefícios:
A circuncisão feminina, chamada também de mutilação genital feminina (MGF), é o processo de remoção de parte ou de todos os órgãos sexuais externos do sexo feminino, tais como o clitóris, o prepúcio do clitóris e até mesmo os pequenos e grandes lábios. Em algumas situações, há também a infibulação (fechamento parcial do orifício genital).
A circuncisão feminina é uma prática ritualística e muito tradicional em países da África, Ásia e Oriente Médio. A finalidade é fazer com que a mulher não sinta prazer nas relações sexuais, mantendo-as dependentes dos homens.
Esta operação é realizada normalmente sem qualquer tipo de anestesia e com uma lâmina de corte, que provoca muita dor. É realizada de modo precário tanto em recém-nascidas como em adolescentes.
Para algumas culturas, uma mulher circuncidada é uma mulher pura. Se uma mulher não apresenta esta condição, ela é indigna de encontrar um marido e pode ser expulsa da sociedade – por isso, muitos consideram a prática uma questão de honra e para manter as raízes culturais.
Por ser um elemento que apresenta a grande desigualdade de gênero, a circuncisão feminina não possui qualquer benefício, somente complicações. As mulheres que sofreram com essa mutilação estarão propensas a infecções, hemorragias, impossibilidade de engravidar e complicações no parto (se acontecer).
Não apenas no lado físico, a circuncisão feminina afeta significativamente o lado psicológico das mulheres, provocando até mortes.
Waris Dirie é uma modelo e ativista feminina que foi circuncidada aos 5 anos de idade e que luta contra a mutilação genital feminina. A modelo contou sua história no livro “Flor do Deserto” e afirma que é uma vergonha que no século XXI ainda exista esta tortura que não tem utilidade, sendo cruel e bárbara para com o sexo feminino.
Na Bíblia – particularmente falando do Velho Testamento, existe a afirmação de que a circuncisão é uma prática importante, como uma marca do povo de Deus, de modo que isso os diferenciem e consagrem os fiéis a Deus.
No Velho Testamento, a circuncisão é parte dos preceitos da Lei de Moisés, sendo uma ação obrigatória no oitavo dia após o nascimento de um menino.
No Novo Testamento, a “marca do povo de Deus” está no coração, como é comentado pelo apóstolo Paulo (em Romanos, capítulo 2, versículo 29): “circuncisão do coração”, ou seja, a marca de Deus está no coração, pois aqueles que seguem os seus mandamentos e aceitam Jesus possuem um coração novo e também uma transformação na vida.
Hoje em dia, a Igreja Católica mantém firme a alegação de que a circuncisão não é uma prática que deve ser executada pelos cristãos.
Como comentado, a circuncisão pode ser realizada em homens com fimose.
Quando isso acontece, a fimose impossibilita que a pele do prepúcio se retraia, podendo acobertar a glande. A fimose é caracterizada como uma espécie de anel que apera a extremidade, impedindo com que o prepúcio seja recolhido. Assim, é feita a cirurgia de remoção do prepúcio para melhorar a higiene e também para manter o prazer sexual normal do homem.
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