Caatinga é o nome que se dá ao tipo de vegetação oriundo de plantas de porte pequeno, e que geralmente possui espinhos. Seu nome é de origem indígena, mais precisamente do tupi (ka’a é o mesmo que “mata” e tinga corresponde a “branca”) e significa mata branca.
É um bioma tipicamente do Brasil, pois não se encontra em nenhum outro lugar do planeta senão em grande parte do Nordeste brasileiro. A caatinga ocupa uma área aproximada de 850.000 km² ou 10% de todo o território nacional e se estende pelos seguintes estados: Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Ceará, Maranhão, Bahia, Sergipe e a região norte de Minas Gerais.
A caatinga pode ser dividida em Agreste, Sertão, Seridó, Curimataú e Carrasco. O Agreste é a parte de transição entre o sertão (interior seco) e a Mata Atlântica. O Sertão possui vegetação menos rústica. O Seridó é a faixa de transição entre campo e caatinga arbórea. O Cariri é outro modelo de vegetação menos rústico. O Curimataú é a região agreste potiguar, e o Carrasco é um tipo de savana seca e muito densa presente nos topos de chapadas.
Como a região da caatinga é de clima semiárido devido ao baixo índice de chuvas, é comum encontrar plantas cactáceas, como o mandacaru, xique-xique e xique-xique do sertão, assim como arbustos tortuosos (juazeiro, angico e aroeira). Além de bromélias, como é o caso do caroá, ou seja, plantas xerófilas que conseguem se adaptar bem às condições de aridez do solo.
De modo geral, os arbustos geralmente ficam sem as folhas em épocas de seca como forma de se evitar a perda de água por evaporação, as suas folhas permanecem em tamanho pequeno, os galhos são retorcidos, as raízes profundas e o solo possui fertilidade baixa e é bastante pedregoso.
Assim como ocorre com outros biomas, a caatinga também é vítima do desmatamento que, de acordo com estudos realizados, 46,6% de sua vegetação original já foi extinta. Um dos fatores que mais contribui com o desmatamento é a criação extensiva de gado na região que tem provocado o surgimento de características próprias do deserto.
Por outro lado, a fauna permanece rica na caatinga onde é possível encontrar centenas de espécies como, por exemplo: a Cutia, Veado-catingueiro, Tatu-peba, Gambá, Preá, Asa-branca, Sapo-cururu, Ariranha-azul, Pica-pau anão da caatinga e Sagui de tufos brancos.
Todo dia 28 de abril comemora-se o Dia Nacional da Caatinga.
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