Burocracia é um substantivo feminino. O termo tem origem no Grego pyrós, que significa “fogo”.
O significado de Burocracia procura tratar das melhorias relacionadas às questões administrativas a partir de metodologias e técnicas. Infelizmente, esse conceito é popularmente mal interpretado, tanto pelo forte desconhecimento da população quanto pela ineficácia mesmo.
A origem etimológica de “burocracia” transformou a palavra em sinônimo de escrivaninha e de organização com regras definidas, pois pyrós (por remeter à cor vermelha do fogo) também designava certos objetos dessa cor.
Um desses objetos era um tecido grosseiro chamado bura. Esse tecido, posteriormente, serviu como matéria-prima para vários panos que eram utilizados como proteção nas escrivaninhas dos serviços públicos, livrando-os das poeiras e insetos, por exemplo.
Na França, tais móveis receberam o nome desse tecido que os cobria – bureaux, tornando-se uma maneira ampla para escritório.
A palavra “burocracia”, com as conotações negativas que nas últimas décadas anda recebendo, é interpretada como a proliferação de regulamentos e normais que tornam as organização administrativas públicas (assim como as empresas privadas e corporações) ineficientes.
Durante o século XVIII, na França, o termo também significava a ação e poder dos funcionários nos escritórios ou em outros ambientes de trabalho.
De toda forma, burocracia é descrita como um conceito associado ao predomínio desproporcionado do instrumento administrativo dentro do âmbito privado ou público.
O temo se relacionada principalmente com o Estado, conforme vai se necessitando de uma maior quantidade de normas e procedimentos a partir do momento em que se solicita a realização de uma ação.
No setor privado, a questão da burocracia tende a ter mais sensatez, pois o objetivo é atingir seu benefício, sendo versátil a sua ação.
Após a criação da União Soviética, no século XX, a ideia de burocracia surgiu de uma forma a criticar a rigidez do aparelho do Estado e aos partidos políticos que acabavam sufocando a democracia de base.
Em suma, burocracia é empregada pejorativamente aos trâmites de processos diversos, desde a abertura de uma empresa até a emissão de um documento individual.
Max Weber, economista alemão, é visto como um dos mais renomados pensadores sociais, responsável pela criação da Teoria da Burocracia.
Essa teoria foi elaborada como uma forma de explicar a maneira que as empresas se organizam, baseando-se em elementos jurídicos da época (século XIX), com o auxílio de teóricos do direito.
Para Weber, a burocracia conceituava as funções da administração pública, guiadas por normais e atribuições específicas, além de prezar pelo critério de seleção de funcionários com esferas de competência delimitadas.
Para o alemão, a burocracia era uma organização baseada em regras e procedimentos regulares, garantindo que cada indivíduo estava trabalhando em sua especialidade, tomando suas próprias responsabilidades quanto à divisão de tarefas.
Na análise de Max Weber, a burocracia existiu em todas as formas de Estado – desde o antigo até o mais moderno. Porém, seu contexto principal veio graças ao Estado moderno e da maneira legal com que a burocracia chegou ao seu mais alto ponto de racionalidade.
Existem certas características de um sistema burocrático moderno, de acordo com Weber:
A burocracia, ainda pela visão de Weber, se concentra em sete princípios: a divisão do trabalho, a formalização das regras, na hierarquia, na impessoalidade, na competência técnica, na separação entre propriedades e, por fim, à previsibilidade de cada funcionário.
Outro nome que se destacou na questão da burocracia foi Ludwig von Mises, economista e sociólogo austríaco. Para ele, a burocracia seria um estado de direito distante da realidade, ou seja, na burocracia estatal não existe apreço pelo o que é real.
Desse ponto de vista, Ludwig culpa a ação do Estado, que grande e poderoso e embora tenha vantagens inquestionáveis nesse ponto, como a segurança e confiabilidade, não significa mesmo burocracia, mas sim se considera como sinônimo de lentidão de atendimentos, exigências não previstas e até falta de uniformidade nos processos.
Para o economista, uma característica distinta da administração pública burocrática é a diferenciação entre o privado e o público, pois reflete na separação entre o político e o administrador público.
Para Ludwig, os empregos ofertados pelo estado acabam não demonstrando o potencial dos indivíduos, pois os regulamentos – conforme surgem e crescem – tendem a reprimir a sua própria iniciativa.
A burocracia existente no Brasil – de acordo com o sistema político em vigor – se adequa com o próprio conceito criado por Max Weber, ou seja, há a ideia de um sistema ideal para regulamentar o Estado.
No Brasil, a burocratização atrapalha diversos processos, deixando-os incompletos ou mesmo concluindo-os de forma incorreta.
Para o Estado brasileiro, a burocratização é importante para as transformações na estrutura e na maneira de organização da sociedade, pois criou novas funções e órgãos administrativos, gerando um alto nível de complexidade ao sistema.
Por curiosidade, o Brasil é o país mais burocrático do planeta. De acordo com dados, as empresas gastam cerca de R$ 60 bilhões anuais somente em burocracia tributária, assim como quase duas mil horas nesses procedimentos.
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