BRICS é uma expressão, mas em sua forma sem o “s” é um acrônimo.
O significado de BRICS faz referência ao grupo econômico de cinco países classificados como emergentes, que são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A criação de tal acrônimo (sem o “s” final) é de autoria de Jim O’Neill, economista britânico, no ano de 2001, quando teve a intenção de definir um grupo composto por países emergentes que estavam em situação econômica semelhante, analisando-se as projeções demográficas, seus modelos de acumulação de capital e o próprio crescimento de produtividade.
Tais países, na escolha de O’Neill, foram o Brasil, Rússia, Índia e China, formando assim inicialmente o bloco BRIC.
Para o economista, havia possibilidade de esses países serem capazes de até superar as economias das seis nações mais ricas do planeta – o chamado G6 (Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, Itália e França – a partir do ano de 2050.
O conceito de BRIC, até aquele momento, era visto pelos economistas e cientistas políticos como um modo de classificar um grupo de países que estavam em desenvolvimento e possuíam alto potencial econômico.
Conforme o Ministério de Relações Exteriores, a coordenação entre os quatro países iniciou-se informalmente em 2005 através de uma reunião de trabalho, paralelamente à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).
Em 2007, o Brasil organizou uma nova reunião, verificando o interesse de tais países para aprofundar um diálogo entre os países.
Um encontro de chanceleres ocorreu em 2008 e, posteriormente em 2009, os chefes de Estado e de Governo começaram a se reunir todos os anos de modo a constituir uma nova entidade político-diplomática.
Ao contrário da União Europeia (UE) e do Mercosul, o BRICS não pode ser reconhecido como um bloco econômico de forma oficial, pois não contém qualquer registro formal ou estatuto.
Mesmo com essa questão de não ser um bloco político ou aliança de comércio formal ou militar, o BRICS negocia inúmeros tratados de comércio e cooperação com o objetivo de aumentar o seu crescimento econômico.
O BRICS procura agir em conjunto aos foros multilaterais para fortalecer as posições do grupo e, também, democratizar a governança internacional. Além disso, o BRICS tende a firmar acordos entre os próprios países-membros em várias áreas, como agricultura, cultura, ciência e tecnologia, turismo, saúde, entre outros.
Em 2011, a África do Sul também aderiu ao grupo do BRIC, alterando-se assim o nome para BRICS, acrescentando-se o “s” maiúsculo como uma maneira de representar South Africa (isto é, África do Sul, em inglês).
O BRICS, conforme especialistas políticos, pode representar uma verdadeira ameaça para as grandes potenciais econômicas mundiais de hoje, como a União Europeia e os Estados Unidos.
Dentro do BRICS, encontra-se cerca de 45% da força de trabalho do planeta, com geração de aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial anualmente.
Durante a Cúpula realizada em 2014, em Fortaleza, Ceará – conhecida como VI Conferência de Cúpula dos BRICS – os países-membros oficializaram a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), chamado popularmente de “Banco do BRICS”.
Em julho de 2015, o banco teve sua inauguração oficial, com um capital de 100 bilhões de dólares.
Tal instituição financeira foi criada com o objetivo de auxiliar no financiamento de projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em economias emergentes e de países em desenvolvimento.
O Novo Banco do Desenvolvimento é um meio alternativo para o Banco Mundial ou ao próprio Fundo Monetário Internacional (FMI).
A sede deste banco está localizada em Xangai, na China, além de ter um escritório em Johanesburgo, na África do Sul. Há previsão de inauguração de um escritório no Brasil para novembro de 2019, na cidade de São Paulo.
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