Autismo é um adjetivo e substantivo de dois gêneros. O termo vem do Alemão autismos, que foi cunhada por Bleuler no ano de 1912, por meio do Grego auto-, que é “referente a si mesmo”, mais o sufixo –ismos, que indica ação ou estado.
O significado de Autismo é entendido como um distúrbio neurológico que prejudica o desenvolvimento da comunicação e das relações sociais da pessoa afetada.
Chamada também de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo é uma doença incapacitante que aparece, tipicamente, nos três primeiros anos de vida, sendo mais comum no sexo masculino do que no feminino.
Veja também o significado de transtorno.
É importante frisar que o autismo pode ser encontrado em famílias de qualquer configuração étnica, racial e social, pois as causas do autismo ainda são desconhecidas – diversos estudos acreditam que fatores genéticos ou algo relacionado à natureza externa (tais como sequelas de alguma infecção provocada por vírus ou até mesmo complicações durante a gravidez) podem ser determinantes no desenvolvimento da doença.
Ou seja, por ser um problema que envolve o desenvolvimento neurológico, o autismo é provocado por algo que atrapalha o desenvolvimento do cérebro. Curiosamente, o ambiente em que a criança é exposta também pode ser um fator de risco.
É denominado de autismo infantil quando a doença aparece durante a infância, especialmente afetando o comportamento e, em geral, em meninos. Nesses casos, há reações comportamentais inesperadas e inespecíficas.
O autismo não tem cura, mas um correto tratamento pode garantir uma vida normal ao paciente (dependendo do grau em que o distúrbio se encontra). Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de um tratamento com alto nível de qualidade de vida
Autismo não tem relação com a falta de inteligência – pelo contrário, é possível encontrar pessoas autistas dentro dos três índices de QI.
A principal característica do autismo é a dificuldade que se tem em estabelecer interações sociais, afinal, um autista pode não conseguir entender e aplicar normas sociais que, em geral, são aprendidas por meio da intuição e observação.
Ainda, é frequente a associação do autismo com o interesse compulsivo por alguma coisa, bem como a presença de comportamentos repetitivos.
Se um autista possuir distúrbios sensoriais, há a possibilidade de que ele tenha uma percepção distinta das coisas ao seu redor.
Sensibilidade auditiva é outra característica do autismo – há incômodo com determinados ruídos que para as outras pessoas não há qualquer perturbação.
Mesmo incurável, o autismo requer um tratamento que minimize os sintomas.
O acompanhamento com um fonoaudiólogo pode auxiliar no desenvolvimento da linguagem verbal e não-verbal. Terapia comportamental é outra alternativa que melhora o autista quanto aos seus estímulos sensoriais, por isso o constante acompanhamento psicológico é essencial para qualquer tipo e grau da doença.
O autismo se manifesta durante a infância e a gravidade dos sintomas é bastante variada, podendo ser diferente no dia a dia no que tange aos comportamentos e habilidades. No entanto, pode acontecer de os sintomas diminuírem à medida que a criança for crescendo.
Cabe mencionar que uma combinação de comportamentos anormais também é comum em crianças autistas.
Os principais sintomas do autismo são:
Uma pessoa nem sempre irá apresentar todos os sintomas citados – eles irão variar de acordo com o tipo e nível de autismo.
Por ser um espectro, o autismo pode englobar uma ampla gama de níveis de funcionamento e transtornos. Tais distúrbios podem ter características similares, mas também algumas diferenças essenciais.
A compreensão em relação aos 3 principais tipos de autismo auxilia no diagnóstico.
Se caracteriza pelos problemas de comunicação, interação social e na repetição de comportamentos. Tal autismo é diagnosticado antes dos 3 anos de idade.
Em geral, os sinais mais comuns do autismo clássico são o desenvolvimento da linguagem atrasada, ausência de contato visual, dificuldade de compreensão e outros problemas.
É a conhecida Síndrome de Asperger, tipo de autismo que se caracteriza pelas excepcionais habilidades verbais, problemas com habilidades sociais, com o jogo simbólico e desafios que englobam o desenvolvimento da motricidade fina e grossa.
Portadores de Síndrome de Asperger geralmente são muito inteligentes e podem ser confundidos com “gênios”.
Tipo de transtorno de autismo de difícil diagnóstico, já que não há a presença de sintomas suficientes para enquadrar um indivíduo em uma das categorias existentes.
Chamado de autismo atípico, esse distúrbio não possui desafios nas três áreas mais afetadas pelo autismo (habilidades sociais, linguagem e comportamento).
Além dos tipos de autismo existentes, a doença pode ser classificada conforme o seu grau de intensidade – que são definidos conforme as habilidades e capacidades da pessoa doente.
É o tipo sutil de autismo que se consegue um diagnóstico a partir da avaliação de alguns detalhes do comportamento da pessoa, como, por exemplo:
Não há dificuldades motoras ou no linguajar, por isso tal autismo leve é muito relacionado à Síndrome de Asperger, porém esta última não afeta a linguagem e os aspectos cognitivos, mas sim costuma ter uma habilidade de memorização bem desenvolvida.
Nesse grau de autismo, há transtornos de comunicação e de deficiência de linguagem. Tal doença, em nível moderado, apresenta inflexibilidade comportamental e pouca iniciativa nas interações sociais.
Entretanto, mesmo sendo um pouco mais grave que o autismo leve, essa não necessita de tanto suporte como o próximo grau.
É o nível mais alto de autismo e que se caracteriza pela falta de verbalização (a comunicação não-verbal também é bem prejudicada) e a acentuada dependência da pessoa doença.
Estresse e dificuldades em lidar com mudanças do cotidiano são aspectos desse grau de autismo, assim como os comportamentos repetitivos.
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