Antropocentrismo é um substantivo masculino. O termo tem origem no Grego anthropos, que significa “homem”, mais kentron, que quer dizer “objeto pontiagudo, ferrão”.
O significado de Antropocentrismo aborda uma doutrina filosófica que coloca a figura do ser humano como o “centro do mundo”, ou seja, é um conceito que ressalta a importância do homem – da humanidade – comparando-o com as demais coisas que constituem o Universo.
Considerada uma “ciência do ser humano (homem)”, o antropocentrismo tem como ponto de vista os seres humanos como a figura central, entendendo que eles são dotados de inteligência e possuem plena capacidade de realizar suas ações no mundo, ações essas de cunho cultural, social, histórico ou filosófico, por exemplo.
Basicamente, essa doutrina defende que o mundo, além de tudo que existe nele, é de benefício maior do ser humano.
A visão antropocêntrica teve seu surgimento na Europa, marcada pelo Heliocentrismo de Copérnico e o Humanismo. Como uma marca do pensamento renascentista, o antropocentrismo – entre os séculos XV e XVI – começou a surgir com o retrato do homem como um indivíduo, caracterizado por sua individualidade e aspectos psicológicos próprios.
O homem começou a ser mais independente na questão de contato com o conhecimento, assim como em sua função de interpretá-lo e produzir o seu próprio conhecimento.
Para Nicolau Copérnico, astrônomo e matemático polonês, a Terra gira em torno do Sol e não o seu oposto – pensamento este que reinava na época.
A Teoria Heliocêntrica se opôs totalmente ao modelo geocêntrico que estava atrelado ao Teocentrismo, defendido pela Igreja Católica.
O antropocentrismo foi a ideia principal do Humanismo Renascentista, pois a intenção era se afastar cada vez mais da Idade Média – a chamada Idade das Trevas. Para os renascentistas que defendiam o Antropocentrismo, essa doutrina era ideal para “pregar” a razão, o homem e a matéria, assim como eliminar o rótulo de “pecado” e outros paradigmas que caracterizaram a era anterior.
Atualmente, em pleno século XXI, o Antropocentrismo ainda permanece na sociedade, porém está mais equilibrado com a fé religiosa – o Teocentrismo. O que diferencia a época atual com a de antigamente é que muitos religiosos acreditam em algumas ideias defendidas pelo antropocentrismo.
Um desenho que é associado ao antropocentrismo é o “Homem Vitruviano” de Leonardo da Vinci. A ilustração foi feita durante no ano de 1490, durante o período do Renascimento.
Veja também o significado de Humanismo.
Como dito, o Antropocentrismo é um conceito antagônico ao Teocentrismo, pois este último acredita na ideia de que “Deus é o centro do mundo”, estando intimamente relacionado à religião.
Para o Teocentrismo, Deus colocou todas as coisas dessa maneira no mundo. Essa visão esteve muito presente durante a Idade Média, afinal nesse período a religião era extremamente influente na sociedade, sendo um assunto central na vida da população.
A transição entre o Teocentrismo ao antropocentrismo aconteceu a partir do surgimento do humanismo renascentista e de outros movimentos da época, liderados por estudiosos, filósofos e artistas.
A mudança de mentalidade e rompimento de paradigmas causado pelo antropocentrismo, em relação ao Teocentrismo, criou um ser humano racional, questionador e crítico quanto a sua própria realidade, tornando-se responsável pelos seus pensamentos e comportamentos no mundo.
Veja também o significado de Teocentrismo.
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