Anomia é um substantivo feminino. O termo vem do Grego anomia, que significa “falta de lei”.
O significado de Anomia é um estado social que não tem regras e normas, ou seja, o termo anomia se refere ao que não possui normas, que é desprovido de lei(s), onde as pessoas não dão importância para o controle social que rege determinada sociedade.
Uma sociedade anômica pode ser considerada semelhante a uma anarquia.
Na Teologia, a palavra anomia significa a ação de desobedecer os preceitos divinos, isto é, o descumprimento dos ditames religiosos e das leis de Deus.
Na Medicina, a anomia aparece como sendo a incapacidade patológica de uma determinada pessoa a nomear objetos, mesmo que esta pessoa seja capaz de reconhecê-los.
Já na Psicologia, anomia é a falta de organização que origina um comportamento individual desregrado e separado de qualquer modelo de grupo social.
Por outro lado, na área jurídica, o termo anomia descreve a falta de uma norma regulamentadora que organiza ou regre certo fato ou situação. Outro significado dentro do Direito é também relacionado à existência de uma lei, porém esta é ineficaz em seu objetivo por conta da própria sociedade não a reconhecer e pautar sua conduta como se não existisse uma norma para tal.
Na área da Sociologia, a anomia é bastante explorada. Quem trouxe bastante representação para este conceito foi o psicólogo e sociólogo Émile Durkheim (1858-1917), em especial em duas de suas obras: “Suicídio”, de 1897 e “Da Divisão Social do Trabalho”, de 1893.
Conforme a opinião de Durkheim, a anomia social é baseada por meio da ausência de normas sociais e morais que possam servir de guia para a sociedade. Para ele, as referências sociais tradicionais foram sendo derrubadas enquanto a sociedade ia se modernizando, o que acabava provocando enormes transformações tanto no modo de vida como nos pensamentos dos indivíduos.
São algumas das consequências destas transformações sociais recentes a perda da fé – a fonte do poder da Igreja Católica no período da Idade Média, por exemplo –, bem como as tradições culturais que acabaram se enfraquecendo pelo avanço da globalização e aumento das metrópoles.
Contudo, Durkheim, em suas obras, prega que a anomia social está ativa de forma temporária, apenas durante um determinado período de transação provocada pelas transformações sociais. Este é um cenário anômico, caracterizado por incertezas, ansiedades e frustrações que envolvem as pessoas, que buscam quaisquer outras formas que ofereçam satisfação e sentidos para suas vidas.
Infelizmente, o enfraquecimento das relações sociais e da satisfação com a vida podem ser os propulsores de tragédias. Um exemplo é o suicídio. O suicídio anômico, de acordo com Durkheim, tem sua motivação através do sentimento de instabilidade da sociedade, que não se sente “protegida”, que não possui ajuda para ter um direcionamento sobre o que é certo e errado, o que é verdade e mentira, etc.
A heteronomia é uma das formas mais importantes para que se evite uma anomia social, sendo definida como a submissão aos valores e tradições religiosas e morais, em especial.
Isso quer dizer que o indivíduo aceita seguir regras, normas, ideias e valores externos de passivamente, sem que ocorra qualquer interferência na legalidade desses conceitos.
A autonomia é o contrário de heteronomia, descrevendo a capacidade de uma pessoa em determinar quais leis e normais irão orientar a sua conduta, sendo menos passiva às decisões externas. A autonomia oferece a existência de uma reflexão interior, onde a pessoa tem maior liberdade em optar entre as mais diversas escolhas e ainda questionar aquilo que é importo a ela.
É claro que a autonomia não nega a influência dos valores e normas externas, entretanto ela recoloca no indivíduo sua capacidade de refletir sobre as limitações que estão sendo impostas sobre si e que, quando observadas, pode tomar a direção que decidir.
Os sinônimos de Anomia são: