De acordo com o dicionário, Angústia pode ser:
-espaço estreito;
-falta ou carência;
-aperto no coração;
-ansiedade exacerbada;
-inquietação;
-tristeza;
-espécie de aflição;
-sofrimento.
Angústia na filosofia
Kierkegaard foi o primeiro filósofo a definir a angústia. O estado de angústia, segundo ele, é inerente ao ser humano dado que não nos é permitido saber nada acerca do futuro. O cerne da existência é, então, a possibilidade; a angústia é uma espécie de temor, mas que não se refere a nada especificamente e, sim, às possibilidades, que não têm nenhuma garantia de realização.
A frase cunhada por Kierkegaard No possível tudo é possível resume a ideia de angústia, sob a qual a possibilidade mais desastrosa não tem mais chances de se concretizar do que a possibilidade vitoriosa. O homem se depara, então, com a impotência que vive em relação às coisas e com a inutilidade de quaisquer habilidades que tenha.
Diante desse fato, o homem teria apenas duas possibilidades: a fé ou o suicídio.
Heidegger definiu a angústia como a aceitação do homem em relação à morte, que é a única possibilidade insuperável da existência humana. A angústia não é o medo da morte em si; a angústia é o viver para a morte, compreendendo a impossibilidade da existência. A partir disso, sua definição se aproxima da de Kierkegaard e afirma que quaisquer possibilidades para a vida futura culminam todas para o mesmo fim: a morte. Então, a angústia é o destino, do qual não se pode fugir. A partir do momento em que o homem aceita a morte como fato, ele deixa de se ocupar com a inútil tentativa de transcendê-la e torna-se livre para a realização das coisas possíveis.
Angústia – psiquiatria
A partir dos conceitos da angústia existencial verificada e estudada pela filosofia, a psicologia e a psiquiatria se apoderaram do campo de estudo na tentativa de auxiliar o homem que se depara com a angústia de uma forma violenta.
A angústia pode se tornar uma doença, próxima à depressão, mas ainda assim diferente.
Angústia – sintomas
-excessiva sensação de insegurança;
-ressentimento;
-temor de algo não específico em relação ao futuro;
-ansiedade incontrolável;
-mau-humor constante;
-tremores.
Tais sintomas se apresentam muito fortes e impedem que a pessoa siga com a vida normalmente. A angústia pode trazer também sintomas físicos, que vão muito além do tremor.
A angústia patológica pode evoluir para quadros em que a pessoa acredita que sua integridade está ameaçada; são os estados de paranoia e perseguição.
Angústia da separação
A primeira vez em que todo ser humano se depara com a angústia ocorre por volta do oitavo mês de vida. É nessa fase que o bebê começa a desenvolver uma consciência corporal mais apurada e só aí se percebe como um ser que existe independentemente da mãe. Nos primeiros meses de vida, o bebê ainda acha que os seios da mãe são parte dele e não reconhece seus pés como integrantes de si, por exemplo. Com a percepção de que ele é um ser separado do corpo da mãe, o bebê fica angustiado.
O bebê passa a chorar quando a mãe está fora de seu campo de visão, pois sente que ela o abandonará; e a primeira vivência da sensação de impotência na vida de cada um; a criança percebe que não tem o controle da presença da mãe. Neste período, alguns bebês apresentam comportamentos que visam chamar a atenção, pois querem sempre se certificar de que os pais ainda estão por ali.
Alguns pais preferem sair escondidos, tentando enganar a criança, acreditando que ela só perceberá a ausência deles quando já estiver distraída com outra atividade, porém essa atitude gera ainda mais angústia, justamente porque o bebê se vê sempre surpreendido por uma ausência não justificada. O que os pediatras recomendam é que os pais conversem com a criança antes de sair, explicando que a amam e que logo estarão de volta.
O significado de Angústia está na categoria Significados