Alteridade é um substantivo feminino que vem do latim e contém o prefixo alter que designa outro. O significado de alteridade está justamente relacionado ao outro; alteridade é a qualidade ou o estado daquilo que é diferente e é o antônimo de identidade.
No estudo da antropologia, a alteridade é o conceito que define a existência do indivíduo a partir da relação com o outro. A alteridade é a diferença entre o indivíduo dentro da sociedade e o indivíduo como unidade. Esses dois conceitos só podem existir em função um do outro. Nenhum indivíduo pode existir senão a partir da visão e do contato com o outro. Não pode haver indivíduo se não houver uma relação estabelecida entre ele e outro ou outros (a coletividade).
Os conceitos de eu como indivíduo e eu como parte da sociedade são interdependentes; segundo o estudo da lógica, só se pode construir a individualidade a partir da ideia da coletividade. É essa existência do eu individual a partir do outro que permite ao homem tentar compreender o mundo através dos olhos de outro e sensibilizar-se pela experiência alheia a partir desta relação.
O conceito de alteridade é muito importante dentro do estudo da antropologia porque somente através da experiência de ver-se através dos olhos dos outros é que conseguimos nos compreender. Para conhecer bem a cultura da própria sociedade é preciso, em primeiro lugar, olhar para ela como uma das possibilidades de evolução das relações humanas, não a única. Sem essa visão diferente, não seria possível estudar e entender a própria sociedade.
Na base da vida do homem em sociedade estão as diferenças. As diferenças só podem ser notadas através da alteridade.
A alteridade na filosofia é um conceito mais restrito que a diversidade, porém mais amplo que a diferença. Assim como na antropologia, na filosofia a alteridade é o colocar-se no lugar do outro, ser o outro, constituir-se como outro.
A alteridade foi campo de estudo na filosofia principalmente por Aristóteles, Plotino e Hegel.
No pensamento aristotélico, as várias espécies dentro de um gênero e as diferenças entre essas espécies é o que caracteriza o conceito de alteridade.
Plotino se utilizou da alteridade para diferenciar o primeiro Princípio e o intelecto, que é sua primeira concepção. O intelecto é o próprio intelecto enquanto pensante e ente enquanto pensado; desta forma se caracteriza a alteridade.
No pensamento hegeliano, a alteridade é vista de forma análoga à de Plotino. Hegel usa a alteridade para conceber a natureza em relação à Ideia.
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