Significado de Aiatolá

Aiatolá é um substantivo masculino, originário do termo Árabe ayatollah, que tem o significado de “sinais de Alá”.

O significado de Aiatolá é expresso como o elevado título hierárquico religioso entre os muçulmanos xiitas, ou seja, o termo define o líder que está no mais alto posto de sua organização religiosa.

O xiismo é o segundo maior contingente de fiéis do islã, contrapondo-se aos sunitas, que assumem cerca de 84% da população muçulmana.

A figura do aiatolá, para o islamismo xiita, é de extrema importância porque representa o máximo do conhecimento religioso da doutrina islâmica. Por isso, o significado de aiatolá traz a ideia de “sinais de Alá”, o que demonstra que ele seria um “sinal de Deus” entre os mortais, uma pessoa com percepção religiosa que orienta o ser humano em sua caminhada.

A facção dos xiitas creem que o primo e genro de Maomé, profeta máximo do Islã, é o herdeiro verdadeiro do mesmo, sendo uma opinião contrário dos sunitas que sucederam após a sua morte.

O Irã é considerado uma república, o que teoricamente promove eleição para o presidente e existe um parlamento. No entanto, na prática, o país está sob domínio do aiatolá.

O aiatolá é determinado – nomeado – de forma direta por outro aiatolá, pois somente ele poderá reconhecer os aspectos principais e mais necessários para que se saiba se tal pessoa será realmente merecedora do título.

Para essa nomeação, o aiatolá precisa possuir discernimento e apresentar vasto conhecimento sobre a doutrina islâmica xiita, além de ter também descendência direta do profeta Maomé.

Assim, o aiatolá não passa por votação para ser escolhido, somente necessitando ser nomeado ou indicado por outro aiatolá ou xeque (o título atribuído ao estudioso do sharia).

O aiatolá possui o poder de controlar a legislação do seu país com a finalidade de garantir que as leis irão ser cumpridas de acordo com a sharia (a lei islâmica). Ainda, o aiatolá pode controlar as eleições, o próprio sistema judiciário e as forças de segurança do Irã, também com a visão de garantir o cumprimento das leis islâmicas relacionadas à conduta moral.

Por isso, o aiatolá pode escolher o presidente do Poder Judiciário, os comandantes das Forças Armadas, os membros do imponente Conselho dos Guardiões, bem como aqueles que irão administrar os veículos de informação (televisão e rádio).

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Sua autoridade é tanta que ele pode ratificar a escolha do presidente através do voto direto.

O aiatolá mais significativo dentro da doutrina islâmica xiita foi Ruhollah Khomeini, chefe espiritual da Revolução Iraniana que tomou a responsabilidade de tomar o poder do país de Xá Mohammed Reza Pahlevi, instaurando a República Islâmica do Irã, no ano de 1979.

Um item que se destaca nos aiatolás são seus turbantes. Existem os brancos e os pretos: tal indumentária define aqueles clérigos que não são descendentes de Maomé (usando o turbante branco) dos que possuem linha sanguínea com o profeta.

A questão dos turbantes mostra a prioridade que se dá ao parentesco com Maomé que está presente dentro do pensamento xiita até hoje.

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