Afetividade é um substantivo feminino que é de origem latina (afficere). É uma variação do termo afeto e afetivo e diz respeito aos fenômenos afetivos. Logo, está ligado ao estado psicológico e suas emoções, as quais são vivenciadas pelos seres vivos, principalmente, as pessoas.
A afetividade pode se fazer presente ou se ausentar na vida de alguém e ser um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de um indivíduo. É um tema bastante estudado pela Psicologia que busca compreender e assinalar a sua importância, bem como os possíveis problemas e transtornos que podem ser causados em uma pessoa.
A Psicologia do Desenvolvimento ou a Psicologia Infantil consideram em grande medida a afetividade oferecida às crianças pelos adultos. Quando um bebê ou uma criança maior recebem o amor, carinho, atenção e proteção deles, acabam desenvolvendo a autoestima, o amor próprio, a generosidade, a sociabilização, entre outros importantes aspectos psicológicos. Em outras palavras, tornam-se indivíduos emocionalmente maduros e equilibrados.
Por outro lado, quando bebês e crianças não recebem o devido afeto dos adultos, acabam se tornando apáticos, distantes (antissociais) e frios. Em outras palavras, um indivíduo dotado de afeto desenvolve o amor, enquanto aquele que é desprovido de tal capacidade se torna suscetível a potencializar o ódio.
Nesse ínterim, a afetividade deve ser considerada como relevante para qualquer campo de estudo, uma vez que, quando a mesma é negligenciada, afeta a saúde mental de uma pessoa.
Para teóricos como o psicólogo francês Henri Wallon (1879 – 1962), as emoções possuem um papel preponderante no desenvolvimento de uma pessoa. Para tanto, ele dizia que uma criança responde às impressões causadas pelas coisas com os mesmos gestos que lhe são dirigidos e ainda acrescentava que uma pessoa é um ser social devido as suas necessidades internas.
Wallon estabeleceu os quatro elementos básicos, as quais se comunicam entre si e que são responsáveis para o desenvolvimento humano, a saber: a afetividade, a inteligência, o movimento e a formação do próprio eu.
Ainda de acordo com o psicólogo francês, o ato de reprovar uma criança nada mais é do que realizar a negação própria do ensino. É por isso que Henri Wallon é considerado um dos maiores estudiosos e precursores de importantes teorias pedagógicas.
A afetividade também foi estudada por outros grandes teóricos como os psicólogos Jean Piaget (1896 – 1980) e Lev Vygotsky (1896 – 1934). Para o primeiro, existe uma relação direta entre o desenvolvimento cognitivo e o afetivo, ou entre a inteligência e a afetividade.
Piaget faz uma importante consideração ao observar o desenvolvimento humano que, segundo ele, é realizado em etapas. Desta forma, a afetividade está diretamente ligada ao desenvolvimento moral.
À medida que a criança começa a superar a fase do egocentrismo, passa a observar e interagir mais com as outras pessoas e assim desenvolve a chamada percepção do eu e do outro.
Já Vygotsky considera a afetividade a partir da seguinte perspectiva: não há separação entre o pensamento e o afeto. Ou seja, se considerar ambos os aspectos separadamente, não se poderá conhecer, de modo completo, o pensamento humano.
A afetividade é um assunto bastante discutido nos ambientes escolares, onde os professores devem ficar atentos e desenvolverem mecanismos que auxiliem no aprimoramento das habilidades emocionais das crianças. Acima de qualquer coisa, também é essencial para a evolução da aprendizagem, a qual deve gerar satisfação e boas relações entre professores e alunos, de modo que o ambiente escolar torne-se um espaço agradável, produtivo e eficiente.
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