Abstracionismo é um substantivo masculino que se forma a partir da palavra “abstrato”, cuja origem vem do Latim abstractio, de abstrahere, que quer dizer “destacar, afastar de, puxar fora”, mais o sufixo grego –ismo, que é um formador de substantivos.
O significado de Abstracionismo, também chamado de “Arte Abstrata”, se refere a um movimento artístico vanguardista que dá prioridade às formas abstratas em detrimento das figuras e/ou objetos que representam algo que está presente na realidade, ou seja, é uma forma de desconstruir a realidade com o uso de cores, linhas e formas abstratas, transformando-se em uma arte “não representacional”.
Oposta ao Abstracionismo se encontra a arte figurativa, que é expressa através de figuras que copiam a natureza.
O Abstracionismo conta com registros desde a Pré-História, mas o conceito desse movimento foi concretizado no início do século XX graças a Wassily Kandinsky, artista plástico russo que introduziu a abstração no campo das artes visuais.
Para Kandinsky, “criar uma obra de arte é criar um mundo”. Por ser o precursor da arte abstrata, suas obras mais representativas são “Primeira Aquarela Abstrata” de 1910 e “Improvisações”, uma série que perdurou de 1909 a 1914.
Por ter relação com as vanguardas artísticas europeias do século XX, o Abstracionismo se associa com os movimentos de ruptura artística, especialmente com os moldes existentes do renascentismo, tradicionalismo e outros, pautados na arte greco-romana, que tinha o “belo” como principal aspecto.
A Abstracionismo surgiu como uma forma de apresentar uma nova arte que ia totalmente contra ao que era então conhecido. Os famosos movimentos (como o Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo, Futurismo e Expressionismo) procuraram romper com os antigos valores estéticos e começaram a aproveitar as novas formas de gozo artístico – o que causou bastante desconfiança da população da época.
Nas obras, tudo é abstração, isto é, o que está sendo criado parece ser uma representação de uma realidade paralela, uma espécie de universo abstrato e independente cujas linhas, cores e formas não são o que se realmente vê.
Existem duas vertentes no Abstracionismo:
O maior representante dessa vertente foi Kandinsky. Chamada também de Abstracionismo Informal ou Lírico, há a influência do expressionismo e do fauvismo nas obras, que se apresentam através do sentimentalismo, da intuição e do próprio aumento da liberdade artística.
Existia uma extrema carga emocional nas obras através do uso das cores e formas que eram livremente interpretadas.
Com influência do cubismo e futurismo, tal vertente tem como principal representante o pintor holandês Piet Mondrian. Suas maiores características são a geometria das formas e no racionalismo, ou seja, toas as cores e linhas formavam composições geométricas como principais elementos das obras.
Além de Kandinsky e Mondrian, outros artistas representaram muito bem o movimento conhecido como Abstracionismo:
O Abstracionismo no Brasil começou a ganhar forma a partir da década de 40 por meio dos seguintes representantes:
As principais características do Abstracionismo são:
Inaugurado por volta do ano de 1910, o Abstracionismo tem como pressuposto mais básico a realização de uma arte independente do mundo externo e da realidade visível, sendo composta por elementos puros (que são as linhas, as formas e as cores).
Como forma contrária à noção de arte e beleza renascentista, que ainda era vigente na época, o Abstracionismo buscou novas formas de representar o mundo, sem querer fazer uma reprodução “fiel” e “imutável” dos objetos.
A invenção da fotografia também contribuiu para o surgimento da arte abstrata.
Os impressionistas daquele fim do século XIX e começo do século XX tinham como principal tema do quadro a luminosidade e não as pessoas ou as coisas, pois as impressões visuais causadas pelos objetos em determinados momentos poderiam variar conforme a luz.
Os pós-impressionistas e expressionistas, por outro lado, libertaram a cor e a linha e optaram por exagerar de forma proposital nas formas, o que expressou ainda mais a emoção do artista sobre o mundo real.
Os cubistas também terminaram com a ideia da arte como imitação da natureza e começaram a representar os objetos de vários pontos de vista simultâneos, decompondo-os em figuras geométricas.
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