Irmandade é um substantivo feminino. O termo vem do Latim frater, que significa “irmão”, que gerou fraternitas, que é “irmandade”.
O significado de Irmandade mais comum é a relação de parentesco entre irmãos, ou seja, é um vínculo de sangue que uma pessoa tem com outra através de um ou mais progenitores (pais).
Essa ideia de irmandade expressa, portanto, um relacionamento entre duas ou mais pessoas, estando fortemente associada com o conceito da palavra fraternidade.
A fraternidade em si engloba a comunhão e a boa relação que existe entre as pessoas. Tais pessoas desenvolvem sentimentos de afeto entre si, considerando uns aos outros como irmãos ou membros de sua própria família.
A irmandade aqui se configura como laços emocionais de pessoas que se comportam como se fossem membros de uma mesma família, que se ajudam entre si e possuem afetividade uns pelos outros.
No caso de irmãos, a relação de irmandade é consanguínea e geralmente afetiva.
O significado de irmandade pode ser ainda entendido como um grupo, associação ou confraria que toma como base doutrinas ou preceitos religiosos. Por isso, se encontram nomes como “Irmandade Sagrado Coração de Jesus”.
Obviamente, a questão de uma irmandade religiosa é justamente unir um grupo de pessoas que seguem as mesmas crenças e valores quanto a uma determinada religião/ponto de vista religioso.
Veja também o significado de Fraternidade.
Porém, uma irmandade não precisa estar necessariamente associada a doutrinas ou religiões, mas apenas se definir como um grupo de indivíduos que estão reunidos por meio de um único fim, mostrando seu lado comunitário e confiança mútua.
Institucionalmente falando, há a irmandade entre cidades – quando duas ou mais cidades compartilham aspectos em comum, em especial os históricos.
No inglês, irmandade é traduzido como brotherhood (quando a relação é entre membros do sexo masculino) e sisterhood (quando a relação é entre membros do sexo feminino).
Até uma certa parte do século XIX, os negros eram proibidos de frequentar a “igreja dos brancos”, ou seja, esses espaços eram unicamente usados para os brancos se integrarem às tradições católicas.
Porém, a vontade de integrar os negros à fé católica fez com que várias igrejas se dedicassem especialmente a eles, construindo seus próprios espaços para prática religiosa.
As irmandades negras foram fundamentais para o processo de sincretismo religioso, que misturou não apenas o catolicismo, mas também o candomblé e outros rituais afro-brasileiros.
Não somente a prática religiosa, mas essas irmandades negras reforçavam a integração social.
Irmandade Muçulmana é o nome de uma organização política e religiosa que nasceu no Egito no começo do século XX durante a destruição do Império Turco-Otomano, responsável por manter durante séculos o mundo islâmico sob seu comando.
Também chamada de Sociedade dos Irmãos Muçulmanos, a Irmandade Muçulmana foi fundada por Hassan al-Banna, professor que ficou conhecido por ser um crítico radical da postura do Império Turco-Otomano em relação à comunidade muçulmana.
O grupo criado por al-Banna tinha como objetivo unificar a comunidade muçulmana, rejeitando as influências da cultura ocidental e “voltando” aos ensinamentos presentes no Alcorão.
Além disso, a ideia também era expandir o islamismo para outros territórios ainda não conquistados, combatendo e coagindo aqueles que não comungassem à religião islâmica.
Existem alguns grupos islâmicos bastante perigosos na atualidade, como, por exemplo, a al-Qaeda e o Hamas. Tais grupo são ramificações da própria Irmandade Muçulmana, muito embora a Irmandade sempre tenha pregado que não participa de atos violentos.
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